domingo, 10 de julho de 2011

Confira a programação do 52º Congresso Nacional da UNE

A União Nacional dos Estudantes (UNE) se prepara para realizar o seu maior e mais representativo fórum de discussão estudantil, o CONUNE que em sua 52ª edição ocorrerá em Goiânia, no centro oeste do país, de 13 a 17 de julho. Mais de 10 mil jovens de todo o Brasil e América Latina são aguardados para, juntos com outros estudantes, definirem os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos. As atividades se concentrarão na tradicional praça universitária de Goiânia, principalmente na PUC-GO e na UFG.

A abertura solene do 52º Congresso Nacional da UNE será marcada com uma homenagem aos 50 anos da “Cadeia da Legalidade”, que ocorreu em 1961 no Brasil, com grande participação do movimento estudantil, para garantir a posse do presidente João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros e em meio ao grande turbilhão político que antecedeu a ditadura militar.
Dois personagens centrais desse episódio serão homenageados pela UNE na abertura do Congresso, então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, que comandou a resistência democrática pela posse de João Goulart, e o então presidente da UNE Aldo Arantes, que chegou a transferir a sede da entidade para Porto Alegre e liderou os estudantes nesse embate. Durante o ato, Brizola Neto, substituirá seu falecido avô.

Com o tema “Pensando nos desafios da educação no Brasil” o grande destaque da programação na quinta-feira (14) fica por conta do II Encontro Nacional do ProUni. Marcando este ano a concessão de mais de 1 milhão de bolsas para universitários de baixa renda desde o início do programa, em 2004, estudantes de todo o país que cursam a universidade a partir desse programa do governo federal discutirão as vantagens, problemas e desafios do programa com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad.

No mesmo dia às 14h, um ato político com o tema “Educação tem eu ser 10! 10% do PIB para educação!” ocupa a Praça Universitária. Representantes da CUT, CTB, MST entre outras forças do movimento social estarão reunidas com a UNE para reivindicar a principal pauta do movimento estudantil, a democratização do ensino no Brasil com a luta da destinação de 10% do PIB e 50 % da arrecadação com royalties do petróleo da camada Pré-sal para a educação.

Durante as atividades, em diversos momentos o Congresso da UNE pautará o Plano Nacional de Educação (PNE) através de debates sobre a questão do financiamento das universidades públicas, a democracia do acesso e permanência no ensino superior e a valorização dos profissionais da educação.

Os estudantes também se reunirão em um ato em defesa da Comissão da Verdade que tem o objetivo de esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura (1964-1985). No ato estará presente a presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara a deputada federal Manuela D´Ávila, e foram convidados para o ato o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso e a secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.

UNE rumo aos 75 anos: novo site e selo comemorativo
A maior e mais tradicional organização da juventude brasileira se prepara para alcançar seus três quartos de século. Em 2012, a UNE chegará aos 75 anos de lutas e participação decisiva no futuro do país. As comemorações já começam no 52º Congresso, em Goiânia, com o lançamento de uma campanha, do novo site da UNE, de um selo comemorativo para os 75 anos além de outros materiais especiais.
A história da UNE confunde-se com a do próprio Brasil no último século e no começo deste. Em um passado recente, participaram do movimento estudantil pessoas como a presidente Dilma Rousseff e o compositor Vinícius de Morais, como o ex-governador de São Paulo José Serra e o cineasta Cacá Diegues, como o religioso Frei Beto e o poeta Ferreira Gullar.
Ocupando as ruas e praças do Brasil, os estudantes combateram o nazi-facismo durante a segunda guerra mundial, lutaram pelo fim da ditadura do Estado Novo, pela defesa do patrimônio nacional com a campanha “O Petróleo é Nosso” e pelas reformas sociais durante os anos 60. Resistiram ao regime militar, sob pena de perseguições torturas e mortes, pintaram as caras nos anos 80 para reivindicar as Diretas Já e também pela campanha de impeachment do presidente Fernando Collor em 1992. Nos anos 90, lutaram contra o neoliberalismo e as privatizações. Atualmente, a UNE tem uma pauta diversificada de lutas que vai da democratização da universidade ao combate ao racismo e à homofobia dentro das instituições de ensino.

Eleições na UNE
 O processo para eleger a nova diretoria da UNE começa com a etapa estadual. O Diretório Central de Estudantes (DCE) de cada universidade promove a eleição dos delegados que vão representar as instituições no Congresso. Os representantes são eleitos pelos alunos, sendo que a cada dois mil estudantes é eleito um delegado. Caso a universidade não possua DCE, uma comissão de dez alunos é cadastrada  e, após a aprovação pela comissão responsável, a instituição pode eleger seus delegados.
Durante a etapa nacional, os delegados votam (em caráter secreto) durantes os últimos dois dias do evento nas chapas que se candidatarem à diretoria da UNE. A chapa vencedora indica o presidente e a quantidade de diretores proporcional ao número de votos obtidos. A chapa que obtiver a segunda maior votação faz a indicação do vice presidente e a que ficar em terceiro lugar indica a 3ª chamada.

Fonte: http://www.une.org.br/

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