sexta-feira, 1 de julho de 2011

A situação da greve

O governador Raimundo Colombo reuniu-se ontem durante mais de duas horas na Casa da Agronômica com o grupo gestor e o secretário adjunto Eduardo Deschamps. Examinou a proposta dos professoes, fez estudos com assessores, avaliou as repercussões. Decisão tomada: Deschamps receberia o Sinte as 10 da manha para dar uma resposta.
Pelos dados disponíveis irá anunciar que o governo continua no limite financeiro em relação a 2011, mas define prazos eassume compromissos de recuperar a regencia de classe e melhorar a tabela salarial a partir de janeiro de 2012. Isto foi dito pelo secretário Deschamps.
Duas horas depois veio a informação de que a reunião estava transferida para as duas da tarde desta sexta-feira. Motivo: o governo iria fazer novas simulações sobre repercussão financeira.
Na Secretaria da Educação, o grupo mais ligado ao secretário Marco Tebaldi detona o grupo gestor e o secretário da Fazenda. Diz que eles são radicais e inflexíveis. Eles alegam que estão no limite e que seria uma irresponsabilidade melhorar a tabela, pagar já a regencia de classe como estava e o piso salarial da lei federal. Correriam o risco de atrasar salários.
Está muito difícil fazer previsões neste cenário absolutamente singular, confuso, até kafkiano.
Impossível avaliar o que dirão os membros do Comando de Greve e o Sinte na reunião de terça. A greve está chegando na exaustão. Os professores vivem fase de estresse. Querem uma saída, com vitória.
O cenário mais provável: o governo propõe melhorias na proposta anterior, fixando prazos de parcelamento. Se vier atendimento das reivindicações da regencia agora e do piso salarial será uma surpresa positiva.
O mais certo é que o governo jogue com o tempo, isto é, propondo parcelamentos com prazos definidos.
Os homens do Centro Administrativo estão apelando pela volta as aulas, alegando que os únicos prejudicados são os alunos. Equívoco. Os professores também sofrem prejuízos e não apenas os financeiros, já conhecidos.
E o próprio governo acabou sendo atingido por uma notória paralisia, em função da greve. E o desgaste politico do governador e do governo é brutal.
Portanto, melhor negociar mesmo uma saída. Todos estão perdendo com a greve neste momento.

Fonte: blog do Moacir Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário