sexta-feira, 15 de julho de 2011

PERDE-SE A BATALHA, MAS A GUERRA AINDA NÃO!

HEIS O QUE DIZEM OS PROFESSORES DO NORTE DO ESTADO, AO RETORNAREM AO TRABALHO: PERDEMOS UMA BATALHA, MAS A VITÓRIA NESSA GUERRA AINDA SERÁ NOSSA E DE TODA A SOCIEDADE.
Ninguém, nenhuma pessoa de bem e nenhum professor, saiu satisfeito com as atitudes autoritárias e arbitrárias por parte do governo durante esta greve. E muitas consequências ainda virão, por que não tem mais dinheiro que pague pelos diversos crimes políticos que foram cometidos contra a população. Toda a equipe do governo perdeu a autoridade e o respeito perante a sociedade, por que a corrupção ficou muito mais evidente. Muitos deputados que foram eleitos para representar o povo e que hoje se manifestam para representar somente os interesses do governo, após revelarem que recebiam partes das verbas do FUNDEB, abriram precedentes para que a população fique desconfiada de que estão comprados e que trocam favores políticos por dinheiro público. Ninguém consegue imaginar, que um cidadão que passa por tanta experiência com administração da coisa pública, seja tão ingênuo, ao ponto de não saber, que uma verba que vem do governo federal carimbada exclusivamente para a educação, não tenha que passar por uma prestação de contas especial, separada das outras movimentações financeiras de entrada e saída. Ninguém consegue imaginar que esses “representantes do povo”, sejam tão ignorantes ao ponto de não perceberem o balanço coletivo da opinião pública, menosprezando a inteligência coletiva da população e tentando se passar por inocentes diante da caótica situação que se encontra a educação em nosso estado, ainda queiram fazer política e falar de ações para melhorar a vida das pessoas, sendo que na prática só se percebem: jogos de interesses, tráfico de influências, mau uso do dinheiro público, corrupção e politicagem.
Nenhum de nós aceitou a proposta do governo. Ninguém concorda com o projeto aprovado
nesta quarta-feira 13. A greve não era para reivindicar regência de classe. Isto era um direito adquirido há muito tempo. Não para cobrar reformulação do Plano de Carreira. Essa reformulação do Plano foi interesse exclusivo do governo. Foi imposição arbitrária, contra os interesses do magistério. Não satisfaz em nada as necessidades da educação catarinense. Pelo contrário, os professores mais experientes e mais preparados, retornam mais desmotivados, a qualidade da educação cai e a sociedade como um todo perde... Piso Nacional determinado pela lei continua sendo desrespeitado pelo governo. Todos agora sabem disso. Todos sabem também que a maior politicagem veio por parte do governo e não por parte de “partidinhos” como tentaram colocar através da imprensa comprada. O governo saiu da greve todo arrebentado e ficou desgraçado perante a sociedade. Nós não ganhamos o Piso. Mas o governo perdeu a cara. E mais, a tal “vala comum” que usavam para por o dinheiro do FUNDEB, vamos usá-la para enterrar politicamente todos os políticos corruptos que nos roubaram.

Estamos voltando ao trabalho com a cabeça levantada por que fizemos a nossa parte, sem demagogia, “por toda Santa Catarina”, “pelas pessoas em primeiro lugar” e “com muita propriedade”...
Há, no entanto duas posições distintas entre os professores pelo estado a fora: Alguns insistirão em manter a greve. Honestamente não sabemos se o fazem por acreditar na possibilidade de alguma mudança de postura do governo. Acreditamos que todos já tenham compreendido que com esse
governo não há mais muita chance de avanços. A máscara já caiu. Ele já demonstrou que é capaz de usar qualquer artifício mentiroso contra nós...
Os que se mantém paralisados o fazem muito mais pela emoção. Porque ainda precisam do aproveitar o momento para descarregar toda a frustração (justa é bom que se diga)
por tantos anos de descaso.
Já os professores que decidiram retornar também são movidos por razões
distintas: Um grupo volta por razões financeiras ou por se sentirem ameaçados
com a substituição por outros, (o que também é ilegal) ou algo assim. Mas, a maioria que retorna ao trabalho neste momento (temos a impressão), concluiu que manter o movimento é desgastar desnecessariamente o próprio físico, além do convívio com a família e com a sociedade. Continuar agora seria uma atitude que prejudicaria ainda mais o pouco de qualidade de vida que ainda temos.
Isso não significa ABSOLUTAMENTE satisfação, aceitação da proposta.
Discordamos também, daqueles que dizem “ou é agora ou nunca mais”. Não vemos esse abismo. A greve é contínua. Agora a população catarinense foi acordada e encontra-se em estado de greve, mesmo que de forma silenciosa, contra os corruptos e contra a politicagem que se evidenciou...



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