quarta-feira, 15 de junho de 2011

A última negociação

O Sinte passou a apelar aos deputados e ao secretário Eduardo Deschamps, buscando um novo canal. Quando o líder do governo na Assembléia, Eliseu Matos(PMDB), anunciou as duras medidas, a deputada Ana Paula Lima entrou em cena. Fez a mediação de um encontro entre o comando de greve e o líder Eliseu Matos. Este dirigiu-se de imediato ao Centro Administrativo, onde o governador anunciava as medidas aos gerentes regionais de educação. Estava decidindo com o secretário da Administração sobre a elaboração da folha salarial com base na medida provisória já assinada. É a pior dentre tantas que foram discutidas entre professores e governo. O esforço, a partir daí, foi de obter aval de Colombo para tentar uma saída. O governador deu sinal verde a Eliseu Matos, que deixou a Secretaria da Administração em companhia do adjunto Eduardo Deschamps, para nova rodada com o Sinte e o comando de greve.
O entendimento preliminar foi aprovado. Eduardo Deschamps, com aval de Eliseu Matos, levou a proposta de acordo. Raimundo Colombo assinaria um documento garantindo todas as conquistas corporativas, relativas à abonos, anistias, progressão funcional, concurso público,etc. Em relação aos dois pontos críticos – regência e carreira – assumiria compromissos com prazos determinados de recomposição financeira da gratificação e da tabela salarial. Com garantia de que a descompactação seria definida por uma comissão paritária professores-governo.
O governo já fixou posição. Está pagando o piso salarial e não há condições financeiras de aplicá-lo agora na carreira. O reajuste nos salários será de 8% a 48% pela última proposta, agora retomada. E, ao contrário do governo anterior que fechou todas as portas, Colombo abriu negociações e dispõe-se a definir melhorias salariais com o magistério.
Os professores tem razão quando reivindicam o piso na carreira. Os salários estão represados há mais de oito anos, e eles invocam a lei federal. O problema é que a medida elevaria a despesa em um bilhão anualmente.
Diante do impasse, há dois caminhos: um, da radicalização política; e outro, do acordo, que evitaria mais prejuízos. Está tudo no ponto crítico.
É hora, portanto, de negociar a exaustão o fim da greve.

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